01,0 2, 03 e 04 de maio de 2013 em Florianópolis, Santa Catarina, Brasil

sábado, 28 de abril de 2012

Promoção de máquinas


Todas as máquinas de costura utilizadas nos cursos e oficinas do Floripa Quilt 2012 estarão a venda! Revisadas e com um preço especial!
BROTHER CS 6000I  - por R$ 990,00
JANOME 2030 DC  - por R$ 990,00
CONFIDENCE QUILTER SINGER 7469  - por R$ 1190,00
A Benjamim Máquinas revisa e garante a sua máquina de costura!


Aproveite e leve uma pra casa!

Maio, mês do Floripa Quilt


sexta-feira, 27 de abril de 2012

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Como chegar ao Floripa Quilt - de Ônibus!

Pra que vem ao Floripa Quilt 2012, confira algumas dicas de como chegar até o local do evento.

Quem vem de Ônibus

Todos os ônibus de transporte rodoviário com linhas para Florianópolis vão até o Terminal Rodoviário Rita Maria, localizado no Centro, a aproximadamente 50 metros das pontes de acesso à Ilha. A rodoviária opera com as empresas de Santa Catarina e com as principais empresas de transporte rodoviário nacional e do Mercosul. Há serviço de táxi na saída da rodoviária e a opção de deslocamento através dos ônibus do transporte coletivo no TICEN a aproximadamente 150 metros da rodoviária, com linhas para os bairros de Florianópolis. Também existe opções de aluguel de carro no local.
Ônibus e vans de turismo devem obrigatoriamente parar no Portal Turístico antes da entrada da ponte para obter o selo de circulação na cidade.

Boa viagem a todos!
Nos encontramos em Maio em Cacupé!
Equipe Floripa Quilt

Como chegar ao Floripa Quilt - de Carro!

Quem vem ao Floripa Quilt 2012, confira algumas dicas de como chegar ao evento!

Para que vem de CARRO

Norte - Para quem vem do norte de Santa Catarina o caminho é feito pela BR 101, rodovia que corta todo o litoral do Estado. Desde a divisa com o Paraná até o acesso a Florianópolis a rodovia é duplicada. A entrada para Florianópolis fica no quilômetro 206, ainda município de São José. Deve-se tomar o acesso pela direita, de acordo com as placas de sinalização, pegando a Via Expressa (BR 282). A Via Expressa termina na Ponte Pedro Ivo Campos, entrada para a Ilha de Santa Catarina. Antes de atravessar a ponte há o Portal Turístico, que atende e orienta os turistas que chegam à cidade. Ônibus e vans de turismo devem obrigatoriamente parar no Portal Turístico para obter o selo de circulação na cidade.

Sul - Quem vem do Sul do Estado toma a BR 101, que entre a divisa com o Rio Grande do Sul e o município de Palhoça está em processo de duplicação, então a atenção do motorista deve ser redobrada por se tratar de trecho perigoso, de sentido duplo, em obra, com muitos caminhões trafegando e buracos na pista. O acesso à entrada de Florianópolis fica no quilômetro 206 da rodovia, no município de São José. Deve-se tomar o acesso pela direita, de acordo com as placas de sinalização, pegando a Via Expressa (BR 282). A Via Expressa termina na Ponte Pedro Ivo Campos, entrada para a Ilha de Santa Catarina. Antes de atravessar a ponte há o Portal Turístico, que atende e orienta os turistas que chegam à cidade. Ônibus e vans de turismo devem obrigatoriamente parar no Portal Turístico para obter o selo de circulação na cidade.


Oeste - Quem vem do oeste de Santa Catarina deve tomar a BR 282, rodovia que começa no município de São Miguel d'Oeste, no extremo oeste, e termina no litoral, na BR 101, passando pela bonita Serra Catarinense. Atenção: O trecho entre Campos Novos e Lages não é pavimentado. O melhor caminho, no sentido oeste-litoral, é em Campos Novos tomar a BR 470 e seguir por ela até a BR 116. Na BR 116 toma-se a direção sul até Lages, retomando ali a BR 282. A partir deste ponto a rodovia volta a ser pavimentada. Ao final da BR 282, pegue a BR 101 no sentido norte do Estado - este trecho da rodovia é duplicado. O acesso a Florianópolis fica no quilômetro 206 da rodovia, fique atento às placas de indicação. Você pegará a Via Expressa (continuação da BR 282), que termina na Ponte Pedro Ivo Campos, entrada para a Ilha de Santa Catarina. Antes de atravessar a ponte há o Portal Turístico, que atende e orienta os turistas que chegam à cidade. Ônibus e vans de turismo devem obrigatoriamente parar no Portal Turístico para obter o selo de circulação na cidade.

Atenção: Os motoristas que trafegam pelo trecho sul da BR 101, entre os municípios de Palhoça e Passo de Torres devem estar atentos às obras de duplicação. O trânsito é lento devido à circulação de caminhões pesados, além das obras de terraplanagem às margens da estrada, que em alguns pontos está sem acostamento. Às terças, quintas-feiras e sábados, das 12h às 14h, o tráfego é interrompido para detonação de rochas nos trechos entre Palhoça e Imbituba, quando as condições climáticas forem favoráveis. Mais informações no sitewww.dnit.gov.br/rodovias/condicoes, ou pelo telefone (48) 3246-0742.

Nos encontramos em Maio no Sesc de Cacupé!
Equipe Floripa Quilt

Saiba como chegar ao Floripa Quilt - de Avião!

Para quem vem ao Floripa Quilt 2012, preparamos algumas dicas de como chegar até o local do evento. 


Pra quem chega de Avião:

A distância média do aeroporto até o SESC de Cacupé é de 25 Km.

De Táxi: 

Existem várias cooperativas de táxis no local;
Custo aproximado de tarifas:
Aeroporto - Rodoviária no Centro: R$ 31,00
Aeroporto - Praias do Sul: R$ 30,00
Aeroporto - Praias do Norte: R$ 77,00
Aeroporto - Praias do Leste: R$ 40,00

Telefone: (48) 3389-5208

De Ônibus:

Ônibus Executivo
Linha: 6120 - Executivo Aeroporto/Corredor Sudoeste
Ponto Final: Terminal de Integração do Centro (Ticen), a 500 metros da rodoviária.
Tarifa média: entre R$ 4,00 e R$ 5,50.

Ônibus convencional
Empresa: Insular Transportes Coletivos



Linha: 186 - Corredor Sudoeste.Siga até o final da linha desembarcando no TICEN – 


(Terminal Integrado Centro). O desembarque ocorre na 


Plataforma C. Ande até a Plataforma A e embarque no 


ônibus Beira Mar Norte ou TICEN/TITRI Direto. Desça no 


final da linha no TITRI Terminal Integrado Trindade. 


Embarque na Linha 846 – Cacupé, descendo na parada n° 


31 em frente ao Hotel SESC Cacupé.

Tarifa: R$ 2,90 

ou

Linha: 461 - Tapera - Via Túnel



Siga até o final da linha desembarcando no TICEN – 


(Terminal Integrado Centro). O desembarque ocorre na 


Plataforma C. Ande até a Plataforma A e embarque no 


ônibus Beira Mar Norte ou TICEN/TITRI Direto. Desça no 


final da linha no TITRI Terminal Integrado Trindade. 


Embarque na Linha 846 – Cacupé, descendo na parada n° 


31 em frente ao Hotel SESC Cacupé.



Tarifa: R$ 2,90 


Clique aqui e saiba mais sobre as empresas de ônibus de Florianópolis




Para Alugar um Carro:


Yes - Aluguel de Carros
Rua: Deputado Diomício Freitas, 3241 Carianos
floripa@yesrentacar.com.br
(48) 3236-0229
0800-7092535


Outras Locadoras de Carros


Serviço de estacionamento próximo ao Aeroporto
Yellow Park Estacionamento
estacionamentoyellowpark@gmail.com
(48) 3266-1918




Nos encontramos em Maio em Cacupé!
Equipe Floripa Quilt



Expositores do Espaço Santa Catarina

Confira os expositores do Espaço Santa Catarina no Floripa Quilt 2012


Deize 
Balcão de Idéias
ABPQ

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Curso de Rag Quilt Art Appliqué

Rag quilt é uma técnica antiga de fazer cobertas usando 

camadas de quadrinhos de diversos tecidos, costurando na 

beirada. Em nossa oficina, a técnica será apresentada de uma 

maneira artística em que o(a) aluno(a) poderá expor sua 

criatividade no prazer de descobrir formas e cores com esse 

aprendizado.


Será capaz de fazer lindas almofadas, panos e até usá-lo para

 criar tecidos para roupas.


Professora Joyce Loss
dia 3 de maio
No Floripa Quilt 2012
Inscrições no site www.floripaquilt.com.br

Aula de Convergência

No dia 3 de maio a tarde em Florianópolis  no evento Floripa Quilt 2012 acontecerá a aula da Professora Sonia Salles sobre Convergência.


Faça a sua inscrição no site www.floripaquilt.com.br

Aula de Stitch Spliq Applique

No dia 3 de maio vamos recortar, riscar, dobrar e marcar para 

construir essa linda técnica chamada Stitch Spliq Appliqué 

com 

a professora Júnia Pereira.



 Inscrições no site www.floripaquilt.com.br

Nos encontramos em Maio em Florianópolis

quarta-feira, 21 de março de 2012

Curso Valorizando seus trabalhos com barras decorativas

Venha aprender com a Jandra Braga a fazer uma toalha de mesa com barras decorativas.
Será no dia 3 de maio no Floripa Quilt, no Sesc de Cacupé em Florianópolis.
Esperamos por vocês!

quinta-feira, 15 de março de 2012

Curso aplicação dobra com agulha


Dobra da agulha ou vira da agulha?

De um jeito ou de outro o resultado é lindo!



No dia 4 de maio a professora Adriana Sleutjes vem para o
 

Floripa Quilt 2012 para ensinar essa técnica maravilhosa. 


Garanta a sua vaga! 


Faça a sua inscrição no site 

terça-feira, 13 de março de 2012

Concurso de Patchwork

O Floripa Quilt 2012 realiza o primeiro concurso de Quilt e Patchwork de Florianópolis.

Qualquer pessoa pode participar do concurso, com um Quilt, ou uma Miniatura ou um Painel.
Leia o regulamento e faça a sua inscrição no site www.floripaquilt.com.br
Participe!

sexta-feira, 2 de março de 2012

Professora Jane Leonetti

Completando o time de feras do Patch, apresentamos a professora 


Meninas, não tem como ficar de fora.
O Floripa Quilt 2012 está imperdível!
As inscrições já está abertas, no site www.floripaquilt.com.br
 Nos encontramos em Maio.

Professora Márcia Baraldi

A equipe Floripa Quilt apresenta a nossa querida professora


Ela é fera no quilt livre. Venha aprender com ela!
Dias 3, 4, 5 e 6 de maio no SESC de Cacupé em Florianópolis.
Nos veremos em breve.

Professora Kátia Modry

A professora de hoje é a 


Quer saber mais?
Dá uma espiadinha no nosso site www.floripaquilt.com.br
Nos encontramos em maio.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Professora Maria da Glória Viana Soares

Tem renda de bilro no patchwork!
Quem vai ensinar é a professora

Maria da Glória Viana Soares a Dona Glorinha do Sambaqui

Quem quiser aprender mais sobre esta antiga arte, não pode ficar fora desta!
Confira mais da nossa programação no site:



Professora Joyce Loss

Confira que chega a nossa linda ilha em maio


Ela vai ensinar como preparar um lindo e perfeito quilt.
Quer aprender também?
Venha, dias 3, 4, 5 e 6 de maio no Sesc de Cacupé em Florianópolis.


quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Professora Sarah Luise

Apresentamos a todas vocês a professora


Nos encontramos em Maio, dias 3, 4, 5 e 6 no Sesc de Cacupé em Florianópolis


terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Professora Adriana Sleutjes

Apresentando a professora


Quem quiser aprender coisas lindas, não pode ficar fora desta!
Floripa Quilt nos dias 3, 4, 5 e 5 de Maio no Sesc de Cacupé.



quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Professora Silmara Q. Julião

Adivinhem quem vem ensinar bonecas lindas pra você no 
Floripa Quilt 2012?
A Silmara Julião da Jullie Annie Dolls


Nos vemos em Maio bonequinhas!
Equipe Floripa Quilt

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Professora Júnia Pereira

Apresentando mais uma professora do Floripa Quilt 2012
Júnia De Vasconcelos Pereira


 Prestigie!
Dias 3, 4, 5 e 6 de Maio no SESC de Cacupé em Florianópolis

Equipe Floripa Quilt

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Professora Cleuza Brunetti

Bom dia meninas!
Viemos apresentar mais uma professora do Floripa Quilt 2012
É a querida Cleuza Brunetti, da loja Gata Bordadeira


Olhem só que lindo trabalho ela vai mostrar.
Bordados e aplicação de pedrarias.
Não é a cara da nossa linda Floripa?

Equipe Floripa Quilt

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Floripa Quilt na mídia

Adivinha só quem saiu no Jornal Craft & Cia?


Só para lembrar, será nos dias 3, 4, 5 e 6 de Maio, no Sesc de Cacupé.
Nos encontramos lá!

Equipe Floripa Quilt

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Professora Sonia Salles

Hoje vamos começar a mostrar o time de professoras do 

Floripa Quilt 2012.


Temos a presença confirmada da querida professora 
Sonia Salles 

Manta feita pela Sonia 
Técnica ensinada no Festival de Artesanato Algodão Doce 2011


Sonia e seu quilt premiado na categoria "Melhor Quilt"
Festival de Patchwork Gramado 2010



Técnica FLIC-FLAC trabalho feito pela Sonia.


Nos vemos em Maio!
Até lá!

domingo, 22 de janeiro de 2012

A tradição da Rendeira

Olê mulher rendeira...





O sol da tarde brilha a pico e um ventinho fresco se 

intromete pela janela entreaberta da Fortaleza de São 

José da Ponta Grossa. É um bálsamo no dia abafado 

de dezembro na Praia do Forte, no norte de 

Florianópolis. As paredes de pedra erguidas para 

proteger a Ilha do Desterro das invasões espanholas 

guardam uma figura singular. Acomodada em um 

cantinho onde a brisa é quase vento, Neli da Luz não 

sente calor, tédio ou cansaço. Apenas tece. Os dedos 

nodosos vão pra lá e pra cá, bilros pra todo lado e 

pronto. Assim, sem alarde, a rendeira acabou mais 

uma pequena obra de arte feita de fios presos a 

pedaços de madeira.


Desde que o antigo forte português foi restaurado 

pela Universidade Federal de Santa Catarina, há 18 

anos, Neli senta ao lado da mesma janela, 

emaranhando fios e fazendo renda. Sobre a almofada, 

a rendeira de 56 anos tece toalhas, colchas, cobertas 

de mesa. Tece a trama da sua vida em forma de 

flores, folhas, pétalas, lágrimas. E com seu sotaque de 

manezinha, descreve o orgulho de ser o que é. "Sou 

rendeira desde os sete anos, nunca tive outra 

profissão".


Moradora da praia de Canasvieiras, Neli passa mais de 

uma hora por dia dentro dos ônibus que a levam para 

a Fortaleza, onde produz e expõe seu trabalho. Não 

tem vínculo empregatício com ninguém, não recebe 

salário, não tem carteira assinada. Mas agradece a 

oportunidade de estar ali, no patrimônio histórico 

visitado por tanta gente. "Ah, minha filha, quando é 

verão isso aqui enche de gente na minha volta. Ficam 

todos loucos pra saber como eu faço a renda. Daí eu 

explico como se faz, mostro as peças prontas. De vez 

em quando vendo alguma coisa também. Até canto a 

música das rendeiras, conhece?


Olê mulher rendeira, olê mulher rendá

Eu te ensino a fazer renda, tu me ensina a namorá"



A pele clarinha e os olhos muito azuis revelam a 

origem de Neli e sua renda. Nascida e criada na Praia 

do Forte, ela descende dos açorianos que trouxeram 

para o Litoral Catarinense a arte que hoje executa com 

maestria. Em janeiro de 1748 desembarcaram 473  

pessoas na localidade do Ribeirão da Ilha. Em pouco 

tempo, espalharam-se pela costa de águas cristalinas 

e pesca farta. Além de cuidar dos filhos, da pequena 

roça de subsistência e da casa, as mulheres ainda 

ajudavam os maridos na pesca. Quando não iam elas 

próprias para o mar, auxiliavam no conserto e 

fabricação de redes. No tempo livre que sobrava _ se 

é que é possível imaginar algum tempo livre depois de 

tudo isso _ elas exercitavam a arte usada no país de 

seus antepassados para enfeitar as roupas e mesas da 

nobreza e do clero.


Embuída de uma inexplicável energia, ela cumpre a 

mesma rotina de suas tataravós _ com exceção da 

roça. O marido, Celso, é pescador e servente de 

pedreiro. Foi ajudando o companheiro a pescar e a 

virar massa e fazendo renda no tempo que sobrava 

que ela trouxe ao mundo sete filhos. A herança 

tramada na renda, no entanto, vai morrer com Neli.


"As duas filhas menores não quiseram aprender. A 

mais velha é habilidosa, mas preferiu descascar ostra. 

Dá mais dinheiro", lamenta.


Neli acredita que a facilidade de encontrar emprego 

remunerado está fazendo a nova geração perder o 

interesse pela habilidade de suas mães e avós. "As 

rendeiras estão ficando velhas e doentes. Quando não 

é a coluna a incomodar, é a vista que não funciona 

direito. Eu vou fazer renda enquanto enxergar. Mas só 

enquanto enxergar", diz Neli.


Quando mais uma velha rendeira para, uma filha, 

neta, sobrinha, vizinha ou amiga precisa tomar o seu 

lugar. No entanto, a arte dos bilros é aprendida aos 

poucos, no curso de uma convivência longeva. E o 

tempo e o interesse das jovens já não é mais o 

mesmo que Neli tinha quando observava sua mãe 

sentada à almofada, rendando.


Turistas acostumados a passear pela Avenida das 

Rendeiras, em Floripa, veem as pequenas casinhas 

com portas estreitas, de cujos marcos pendem 

toalhas e colchas, e imaginam que o costume está 

seguro entre as mulheres da Lagoa da Conceição. 

Neli, no entanto, alerta que aquilo é só aparência. 

Sem jovens rendeiras, a tradição está condenada.


A prefeitura de Florianópolis assinou, recentemente, 

um termo de cooperação com o Ministério da Cultura 

para transformar o Casarão da Lagoa no Centro de 

Referência da Mulher Rendeira. Depois de reformado, 

o prédio abrigará exposições, loja, biblioteca, centro 

museográfico e oficinas, para garantir o repasse desse 

costume.


Enquanto a capital catarinense não colhe os frutos de 

seu empreendimento em favor da tradição rendeira, 

Neli e suas pares fazem o que lhes cabe na 

manutenção desse legado: rendam. Nos meses de 

inverno, quando os turistas rareiam, Neli permanece 

ali, sentada na janela da Fortaleza, tecendo o estoque 

do próximo verão. Quando precisa ajudar o marido, 

bate seus bilros à noite, enquanto todos dormem. 

Quando a maré lhe traz amarguras, como a morte de 

dois filhos, lágrimas de linha fina ornam mais uma 

toalha. Os momentos de felicidade, como o 

nascimento dos seis netos, vêm bordados com flores 

nas roupas de bebê.


Neli da Luz é rendeira, é mãe, é mulher, é feliz. Sorri 

fácil e solta o verbo sem desgrudar um minuto dos 

bilros. Estar ali, "naquele lugar histórico e lindo", ser 

paparicada por visitantes, vender seu trabalho, 

conversar com as companheiras de ônibus, ajudar os 

filhos, preparar aquela estopa de peixe com o tempero 

que o marido adora. É essa a vida que Neli da Luz 

trama na simplicidade de seus fios, na delicadeza de 

seus guardanapos e de seu cotidiano.

Artigo de Revista Donna, do Jornal Zero Hora
Fotos de Patrick Rodrigues